O arroz de carreteiro,1 ou
simplesmente carreteiro, é um prato típico da Região sul do
Brasil (embora, atualmente, já esteja incorporado à cozinha brasileira,
sendo comum saboreá-lo em todo o país). É feito de arroz
ao qual se adiciona carne-seca ou carne de sol desfiada ou picada, às vezes paio
e linguiça em pedaços, refogados em bastante gordura, com alho,
cebola, tomate e cheiro-verde.2 Nas regiões
Centro-Oeste
e Nordeste
do Brasil, é também conhecido como maria-isabel, e preparado com carne de
sol.
História
Surgiu
quando os carreteiros
(transportadores de cargas) que atravessavam o sul do Brasil em carretas puxadas por bois coziam, em panela de ferro, uma mistura de charque picada (guisado) com arroz.3 Trata-se de um prato prático
que, por sua simplicidade, podia ser preparado pelo viajante solitário, que
somente poderia comer um churrasco (que é
feito de carne fresca) em um paradouro depois de muitos dias de viagem.
Sem
contar com geladeira, o
carreteiro valia-se da carne de sol, que, no Rio Grande do
Sul, é
conhecida como charque (preparado nas charqueadas). Esta se conservava durante os
muitos dias de viagem empreendidos pelo carreteiro transportador de cargas.
Este, diferente dos mascates, que, em geral, se valiam de
carroças puxadas por cavalos, não ia de casa em casa ou de estância em
estância, mas seguia entregando suas cargas pelo menor curso direto ao destino.
Elaborado
originalmente à base de charque e arroz e tradicionalmente preparado em panela
de ferro, é um dos principais pratos da culinária gaúcha.4
Todavia,
nos tempos modernos, os gaúchos (ou rio-grandenses) preparam o arroz com carne
moída ou sobras de churrasco e o chamam de "carreteiro" em alusão ao
nome original "arroz de carreteiro".
Diferença
entre carne seca e carne de sol:
A principal diferença é que a
carne-seca, como o nome dá a entender, é mais seca que a carne-de-sol. E também
mais salgada. A carne-seca tem um teor
de umidade de aproximadamente 45% e até 15% de sal; a umidade da carne-de-sol
atinge 70%, com 5% ou 6% de sal. A carne-de-sol, diferentemente do que o
nome dá a entender, não é exposta aos raios solares. “Os cortes do traseiro do
boi são salgados e deixados para secar por 2 ou 3 horas em um lugar coberto, de
preferência com vento.
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